"Somos uma família de ninjas de movimento"
Atletas*
Descobre como a equipa de dança se mantém unida ao priorizar a "família a todo o custo".
Mike Song, cofundador dos Kinjaz, e o grupo no centro de Los Angeles.
Sempre que os Kinjaz se reúnem, partilham um sinal subtil da sua ligação uns com os outros enquanto grupo de dança e enquanto amigos para toda a vida. É um sinal de assinatura que fazem com a mão de dois dedos unidos como um só, apontando em direção ascendente. Vários dos membros fundadores do grupo exibem a mesma tatuagem nos dedos, o símbolo kin. "Representa a ideia de nos movermos juntos rumo ao mesmo objetivo enquanto uma unidade", afirma Mike Song.
Sentados no chão de um estúdio de ensaios no centro de Los Angeles, os cofundadores criam uma coreografia enquanto falam sobre os seus passos juntos ao longo dos anos. Fundado em 2010, este grupo rapidamente conquistou reputação na televisão nacional com a precisão das suas coreografias. "Começou apenas por diversão, encontros durante churrascos e espetáculos em pequenas comunidades", explica Mike. "Agora tornou-se uma marca global."
"O nosso objetivo partilhado é cultivar o kin, independentemente de tudo."
O nome do grupo combina bem com aquilo que consideram mais importante. "Kin" significa família, mas é também a raiz [em grego] da palavra "movimento", cinética. Assim, "Kinjaz significa uma família de ninjas em movimento", explica Mike.
"O nosso objetivo partilhado é cultivar o kin, independentemente de tudo, para nos apoiarmos e elevarmo-nos uns aos outros para atingir o nosso potencial máximo enquanto grupo", afirma Anthony Lee.
Esse sentido de objetivo comum é particularmente importante com tantas vertentes empresariais diferentes que têm enquanto marca: possuem também uma linha de vestuário, uma área de produção de eventos ao vivo e até uma empresa de noodles. Contudo, a batida constante que os une a todos é a dança.
"O que eu acho revigorante, quando estamos totalmente stressados, é entrar num espaço e encontrar tempo para a sessão, apenas dançar, tocar boa música, divertirmo-nos", afirma Vinh Nguyen. "É algo que faz com que nos centremos em nós, para nos lembrarmos dos motivos pelos quais o fazemos. É uns pelos outros e é pelo amor que temos pela dança."
"A dança transcende barreiras… aproxima as pessoas."
Através do seu alcance sempre em expansão online e dos seus espetáculos em palco, o grupo encontra formas de contar histórias que estabelecem ligação ao seu público e incentivam a que este se mantenha em movimento. "A dança transcende barreiras, quer sejam normas de género, orientação sexual, nacionalidade, origem étnica ou língua", comenta Anthony. "A dança aproxima as pessoas."
"A dança é um dos desportos mais antigos de todos os tempos e todas as pessoas têm uma ligação universal à dança", explica Ben Chung. "Um bebé ouve uma música e começa a saltar. Depois, dá-se um salto revolucionário até à participação [com o breakdance] nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 2024... Há todo um espectro."
"Além disso, é o desporto mais acessível", explica Addy Chan. "Ao contrário de outros desportos, que podem exigir muitos recursos, dinheiro para equipamento, um campo ou uma piscina, a dança está disponível para todos."
Além disso, é adequada para todos os tipos de corpo. "Há muitos desportos em que é preciso ter um determinado tipo de corpo", afirma Mike. "O que é peculiar na dança é que, qualquer que seja o corpo com que nasceste, é o teu instrumento. Talvez tenhas uma silhueta esguia e isso não resulte para outros desportos, mas, quando começas a dançar, percebes: «Não sou magricela. Serve perfeitamente!» Uma pessoa com mais inseguranças pode pensar que tem pernas grandes, mas um excelente equilíbrio, e pode começar a usufruir disso."
Com tudo aquilo por que têm passado, qual será o próximo passo dos Kinjaz? Durante os últimos três anos, têm estado a trabalhar "na sombra" num projeto secreto com a Nike que será lançado em breve.
Vídeo: Aimee Hoffman
Fotografia: Thalia Gochez
Texto: Dan Rookwood
Escrito em: julho de 2021